domingo, 20 de julho de 2008

O PERIODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)


É o período anterior a colonização do Brasil, nos primeiros trinta anos do século XVI, o Brasil ocupou um papel secundário no conjunto de prioridades portuguesas. Nesse período a Coroa Portuguesa designou algumas expedições para fazerem o reconhecimento da terra, essas foram chamadas de expedições exploradorasNão se encontraram riquezas aparentes que pudessem concorrer com os enormes lucros provenientes do comércio com o Oriente ou somar-se a eles. A nova terra não possuía também uma população organizada que pudesse ser subjugada para render tributo pelo simples direito de viver. Assim, o Brasil tornou-se apenas uma rota de passagem, quase que obrigatória, para as embarcações que praticavam o comércio indiano; aqui, elas realizavam abastecimentos e faziam reparos, quando necessários.

A EXPLORAÇÃO DO PAU BRASIL


Nas terras americanas, os portugueses não encontraram as riquezas que eles encontravam nas índias e que vendiam na Europa com enormes lucros, aqui só encontraram a madeira “cor de brasa”, o pau-brasil.
O pau-brasil foi colocado, desde o início da colonização, sob o monopólio do Estado, e sua exploração foi arrendada, em 1502, a um grupo de comerciantes portugueses, liderados pelo cristão-novo Fernando de Noronha, por um prazo inicial de três anos.
Se a Coroa Portuguesa, entretida com o comércio oriental, não valorizava suficientemente o pau-brasil – a ibirapitanga dos indígenas –, o mesmo não se pode dizer de mercadores de outros países, sobretudo corsários franceses. Desde 1504, há notícias de comerciantes franceses traficando essa madeira diretamente com o indígena brasileiro. Os lucros eram grandes, uma vez que nada se pagava à Coroa Portuguesa que, para combater o contrabando, armou duas expedições comandadas por Cristóvão Jacques: a primeira em 1516; a segunda em 1526.
Tanto os franceses como os portugueses utilizaram a mão-de-obra indígena nos trabalhos de exploração dos recursos naturais, sobretudo do pau-brasil. Os indígenas, em troca de quinquilharias (contas,colares, espelhos, machadinhas, anzóis,cortes de tecidos), cortavam, serravam e carregavam o pau-brasil, transportando-o, às vezes de duas ou três léguas de distância) até a costa. Esta relação com os indígenas denomina-se escambo.
À medida que as reservas de madeira iam terminando, os portugueses se deslocavam para outras áreas. Teve aí o início da destruição da Mata Atlântica, que prosseguiu, mais tarde, com a lavoura do açúcar e do café.
Nas terras americanas, os portugueses não encontraram as riquezas que eles encontravam nas índias e que vendiam na Europa com enormes lucros, aqui só encontraram a madeira “cor de brasa”, o pau-brasil.
O pau-brasil foi colocado, desde o início da colonização, sob o monopólio do Estado, e sua exploração foi arrendada, em 1502, a um grupo de comerciantes portugueses, liderados pelo cristão-novo Fernando de Noronha, por um prazo inicial de três anos.
Se a Coroa Portuguesa, entretida com o comércio oriental, não valorizava suficientemente o pau-brasil – a ibirapitanga dos indígenas –, o mesmo não se pode dizer de mercadores de outros países, sobretudo corsários franceses. Desde 1504, há notícias de comerciantes franceses traficando essa madeira diretamente com o indígena brasileiro. Os lucros eram grandes, uma vez que nada se pagava à Coroa Portuguesa que, para combater o contrabando, armou duas expedições comandadas por Cristóvão Jacques: a primeira em 1516; a segunda em 1526. Tanto os franceses como os portugueses utilizaram a mão-de-obra indígena nos trabalhos de exploração dos recursos naturais, sobretudo do pau-brasil. Os indígenas, em troca de quinquilharias (contas,colares, espelhos, machadinhas, anzóis,cortes de tecidos), cortavam, serravam e carregavam o pau-brasil, transportando-o, às vezes de duas ou três léguas de distância) até a costa. Esta relação com os indígenas denomina-se escambo.
À medida que as reservas de madeira iam terminando, os portugueses se deslocavam para outras áreas. Teve aí o início da destruição da Mata Atlântica, que prosseguiu, mais tarde, com a lavoura do açúcar e do café.

A COLONIZAÇÃO BRASILEIRA

A partir de 1530, surgiu um verdadeiro problema para a Coroa Portuguesa: ocupar definitivamente as terras brasileiras ou correr o risco de perdê-las para os franceses, pois somente a assinatura do Tratado de Tordesilhas não impediu que outros povos europeus disputassem as riquezas do Novo Mundo.Procurando proteger essas terras desses “invasores” Portugal criou as expedições guarda costeiras comandadas por Cristóvão Jacques, entre 1516 e 1526. Como o território do Brasil era muito extenso esse controle se tornava impossível.Diante disso, no sentido de ocupá-las, o governo enviou uma expedição chefiada por Martim Afonso de Souza, que deixou Lisboa em 3 de dezembro de 1531, com a incumbência primordial de varrer os franceses da “costa do pau-brasil” e desenvolver, ao máximo, a exploração da nova terra, fazendo-lhe reconhecimento e preparando-a para empreendimentos futuros que garantissem o seu domínio aos portugueses.
A expedição aportou, em janeiro de 1532, em São Vicente, onde Martim Afonso instalou o que seria a primeira vila do Brasil. Esse primeiro núcleo oficial foi instalado no litoral sul, local de fácil acesso ao Prata, o que demonstrava o interesse mercantilista pelo domínio dessa região.
As informações enviadas à Metrópole relatavam a ausência de metais preciosos e a existência de um solo com grande potencial para investimentos agrícolas. Valorizando tais informações , o Estado português tomou a iniciativa de inaugurar uma nova estratégia colonial: o desenvolvimento da agricultura voltada para exportação, possibilitando a ocupação, o povoamento e a valorização econômica dessas terras. Martim Afonso de Sousa trouxe as primeiras mudas de cana de açúcar para o Brasil e fundou o primeiro engenho em 1553, era o início da colonização do Brasil.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

Para colonizar o Brasil, Portugal adotou o sistema de Capitanias Herditárias. O rei dividiu as terras brasileiras em 15 lotes.
Cada lote foi entrgue a um donatário, que teria a obrigação de colonizar e administrar a terra, além de explorar as riquezas da região à sua própria custa. Além disso deveria pagar impostos referentes a um quinto de tudo que arrecadasse, deveria também defender as terras brasileiras e desenvolver as capitanias recebida. Como recompensa o donatário receberia uma parte do lucro sobre tudo que fosse explorado em sua capitania. O donatário passaria a ser “sócio do rei”.
Das 15 capitanias somente duas progrediram, São Vicente e Pernambuco, pois encontraram na produção açucareira uma grande fonte de lucros. O sistema das capitanias fracassou, pois os donatários não demosntraram interesse, por causa dos altos custos para colonizá-las e dos ataques e resistência doa ameríndios à escravidão.
Nova medida então precisava ser tomada para assegurar a colonização.

GOVERNO GERAL


Com medo de perder as terras brasileiras, o rei português D. João III decidiu centralizar o poder nas mãos de uma única pessoa: o Governador geral. A cidade de Salvador fundada em 29 de março de 1549 pelo primeiro governador geral tornou-se capital da Colônia e a sede do governo.
Devido ao tamanho da Colonia governador-geral contava com o apoio do: "provedor-mor da Real Fazenda com o encargo de organizar a cobrança de impostos e prover cargos"; "ouvidor-mor com função jurídica e administrativa, sendo a maior autoridade da justiça" e "capitão-mor da costa com atribuições de defesa da terra".

O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza. Com ele vieram todos os funcionários necessários à administração e também os primeiros jesuítas chefiados Manuel da Nóbrega. Começava, então, a obra evangelizadora dos indígenas e, em 1551, criava-se em Salvador o primeiro bispado do Brasil, sendo o primeiro bispo D. Pero Fernandes Sardinha. Com o segundo governador viria ainda outro contingente de jesuítas, entre eles, José de Anchieta.
Tomé de Souza deu grande impulso à agricultura, introduziu a criação de gado no Nordeste, mandou construir fortalezas e distribuiu armas e munições aos colonos.Em 1554, Tomé de Souza foi substituído por Duarte da Costa. O segundo governador do Brasil envolve-se nos conflitos entre donatários e jesuítas em torno da escravização indígena. Com isso, termina por se incompatibilizar com as autoridades locais e é obrigado a retornar a Portugal em 1557. Foi nesse governo que os Francesesem 1555 invadiram a Guanabara, onde fundaram uma colônia, liderados por Nicolau Durand Villegaigon. Essa colônia foi denominada França Antártica e só foi destruída em 1565 no governo de de Mem de Sá.
Ainda durante o governo de Duarte da Costa, os padres jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o Colégio São Paulo, que deu origem à cidade de São Paulo.
O governador seguinte, Mem de Sá,( 1558-1572) resolve as disputas políticas, dedica-se à pacificação dos índios e ao combate os franceses no Rio de Janeiro. Com a ajuda dos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, neutraliza a aliança formada por índios tamoios e franceses ( Confederação do Tamoios) e, com seu sobrinho Estácio de Sá, expulsa os invasores da Baía de Guanabara. Em 1565, Estácio de Sá funda no local a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mem de Sá permanece no cargo até 1572, quando morre. Seu eficiente desempenho contribui para firmar a posição do governo-geral no conjunto da vida colonial.
Durante seu governo, foi intensa a importação de negros africano, para se tornarem escravos no Brasil.

DUPLO GOVERNO GERAL

O territorio brasileiro era imenso por isso muito difícil de ser administrado. A coroa Portuguesa resolveu então, dividir a Colônia em dois governos: o Governo do Norte e o Governo do sul. A intenção era poder explorar melhor o norte e o sul do Brasil. Salvador passou a ser a capital do Governo do Norte e o Rio de Janeiro a capital do Governo do Sul. Os dois governos foram extintos em 1578, quando foi reunificada a administração da colônia brasileira.
UNIAO IBERICA 1580 – 1640

Em 1580, instalou-se uma crise sucessória em Portugal. Em 1578, o rei Dom Sebastião I morrera na batalha de Alcacer-Quibir, no Marrocos contra os mouros, no norte da África, não deixando herdeiros. Assumira o trono português, como regente, o cardeal Dom Henrique, seu tio-avô.

Em 1580, Dom Henrique morreu e, assim como seu antecessor, não deixou herdeiros diretos ao trono. Observando a instabilidade política de Portugal, o rei espanhol Filipe II, tio de Dom Sebastião, aproveitou da situação para unir as coroas dos dois países.
O período da União Ibérica marcou uma mudança na orientação da política de colonizaçã do Brasil, até então baseada, principalmente, na ocupação da costa. A conquista do litoral oriental tornou-se extremamente importante para a metrópole espanhola, como forma de ampliar a cultura canavieira e, também, facilitar a penetração e ocupação do norte do território. Essas medidas demonstravam a preocupação da Coroa espanhola em consolidar sua presença nessa parte do Brasil, e evitar a ocupação estrangeira.

Com o fim do domínio espanhol, Portugal e Espanha tiveram que estabelecer uma série de acordos diplomáticos para redefinirem os limites dos territórios colônias de ambos os países. O mais importantes deles foi o Tratado de Madri (1750) que definiu o princípio de uti possidetis (quem tem a posse, tem o domínio) para resolver as questões fronteiriças entre as duas metrópoles.

sábado, 19 de julho de 2008

AS GRANDES NAVEGAÇÕES


Foi a partir do século XV que os europeus passaram a conhecer e explorar continentes, como a África, a América e a Ásia.

Nessa época, a Europa vivia o início da Idade Moderna. Durante os séculos XV e XVI, os europeus estavam desenvolvendo um intenso comércio dentro e fora da Europa.

Nesse período, pouco se sabia ou se conhecia do mundo. Os europeus cohneciam a Europa, uma pequena parte do litoral norte da África e as Índias, muito mais pelos relatos de alguns poucos viajantes do que por experiência própria.

Portugal foi o pioneiro nas viagens marítimas, esse país já reunia uma série de condições que possibilitaram essas viagens, esse reino já possuía um território unificado e um governo centralizado que havia implantado uma economia próspera, possuia também uma posição geográfica favorável às margens do Oceano Atlântico.

Como fatores que impulsionaram os grande navegadores e desbravarem "mares nunca d'antes navegados", o principal, teríamos que citar o fato econômico. A necessidade de baratear os preços das especiarias, com eliminação de intermediários, a procura de novos centros fornecedores de matérias-primas e de mercados consumidores, a busca de metais preciosos, cuja descoberta embalava os sonhos dos aventureiros, foram motivos suficientemente fortes para os navegadores colocarem as caravelas no mar e partirem em direção ao desconhecido.


Planejamento das Navegações
Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo. Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência. Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes.As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.

VIAGENS ESPANHOLAS

Temendo atritos políticos com os portugueses os espanhóis seguiram em direção ao Ocidente. Cristóvão Colombo, acreditando que a terra fosse redonda e movido pelo sonho de chegar ao Oriente navegando pelo Ocidente, partiu do Porto de Palos no dia 03 de agosto de 1492, para ele, a esfericidade da Terra não era uma dúvida, mas uma certeza, o navegador genovês "descobriu" a América, em 12 de outubro 1492.
Colombo pensou ter chegado às Índias, quando na verdade, o que ele e sua tripulação encontraram foi um novo mundo, a América.

DIVISÃO DAS TERRAS DESCOBERTAS


DIVISÃO DAS TERRAS DESCOBERTAS

Preocupado em preservar suas conquistas, D. João II, rei de Portugal entrou em entendimento com a Espanha, visando assinar um acordo bilateral sobre as terras descobertas ou ainda a descobrir. Recusou os limites estabelecidos Papa Alexandre VI, na Bula "Inter-Coetera", em 1493, e satisfez-se com a delimitação de 370 léguas a oeste de Cabo Verde, acertado pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. Passado um meridiano, as terras a leste seriam de Portugal e, a oeste dele, seriam da Espanha
Desta forma Portugal recebia uma parte das terras da América.

CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL

Com a descoberta da nova rota marítima para as Índias, Portugal preparou uma esquadra, com 13 naus e 1200 pessoas, cujo objetivo era estabelecer acordos comerciais com o Oriente, o comandante da expedição era Pedro Álvares Cabral, o objetivo era à montagem de entrepostos comerciais as Índias. Desviando-se da rota estabelecida por Vasco da Gama, a esquadra do nobre português descobriu oficialmente as terras do Brasil, a 22 de abril de 1500.
A partir daí, o Brasil passaria a ser uma fonte de enriquecimento dos países exploradores. Era apenas o início da explicação à qual o país estaria submetido durante séculos. Mudaram os colonizadores, sofisticaram-se as formas de explorar, mas a exploração continuou.

sexta-feira, 18 de julho de 2008